23/11/2013

PRANTO DOS MALDITOS

Repressão no sanatório dos indefesos
Apodrecendo em barracão podre, inútil
De uma falsa sociedade de ideologias piegas,
No agito da ociosidade rasgando o corpo,
Que fede a urina à um ranger de chaves.
Eternidade no inferno, grita o velho louco viciado,
Na prisão dos malditos confinados, dopados,
Sedação em massa, devassa e que caça...
Eletrochoques...troço que queima chifres
E eu não sou louco e choro meu amargo desgosto.
Ninguém mais é dono de si de sua razão...
Tabu, ignorância, autdoors , extravagância...
Íntimo devastado pela síndrome da over,
Martírio prolongado às paredes reclusas, em
Gritos e grunhidos pelos corredores escuros.
Sequer alguma luz esmiuçada e ou difusa,
Para algum enredo, na tediosa ociosidade confusa.
Sentimentos indefinidos, secos e cerebelos contidos.
Saudade comprimida, comprimidos, síndromes constantes, sem oblações.
Canto e prantos malditos, cérebros retirantes
Reclusos em cimento, folhas secas sem vontades,
Indefesos com mentes no abandono...completo e indireto...choram lamentos surdos.
Quanto horror causa ao ser humano a
Confusa guerra a anestesia geral esse bloqueio mental.
Um maldito sã, sonhou sonhos interrompidos... e de
Coração vazio, amedrontado, volta seca ao ninho ressequido, que já nada tem sentido, apenas retorna
Sem grito nem gemido, indefinido, entristecido e
Apodrecido.

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